domingo, 27 de junho de 2010

Vida

Já ouvi muitos casais apaixonados chamarem um ao outro de 'vida', eu acho muito brega, mas faz parte do 'estar apaixonado'. Já ouvi até mesmo a seguinte frase: 'O amor é o ridiculo da vida'. E eu concordo com a tal frase. Mas, convenhamos, se ser ridiculo for tão bom assim, o que eu mais quero na vida é ser a maior ridicula da história.
Confesso a vocês que eu nunca amei um homem, talvez tenha gostado bastante, mas nunca amei. A única espécie de amor que eu senti e sinto, é o amor pela minha família. Se o amor por uma suposta alma gêmea for parecido com o amor que eu sinto pela minha mãe, eu tenho medo dele. Porque eu sinto saudade da minha mãe quando eu estou ao seu lado. Penso na minha mãe em tudo que eu faço. Me preocupo com a minha mãe de uma maneira excessiva. Minha mãe até brinca, dizendo que eu que pareço a mãe coruja da relação. O amor que eu tenho pela minha madre não cabe no meu coração, é uma coisa anormal, assustadora, gostosa e confortante. E esse sentimento se estende às minhas irmãs e ao meu pai. Se eu brigo com eles, meu coração entristece e as coisas não fluem. A conexão que eu tenho com eles é tão forte, que eles sentem quando estou em perigo e eu também consigo perceber esses sinais.
Minha mãe constuma me dizer que eu vou sentir um amor mais que esse quando eu experimentar ser mãe. O meu maior sonho é o da maternidade. Eu choro ao ver programas sobre partos, bebês e afins. Eu sinto um chamado muito forte pra isso. E eu tento imaginar como será um amor maior que aquele que eu sinto pela minha família. Às vezes, acho isso impossível, mas quem sabe?
Também imagino se algum dia um homem vai me fazer sentir isso. Porque o que eu vejo no mundo de hoje é que o amor tá perdido. Os sentimentos foram banalizados, assim como o sexo e os valores que respeitam a integridade fisica e moral de uma pessoa. Os homens não valorizam as mulheres, em consequência de que muitas mulheres não se dão ao respeito. E por ai vai... O respeito é uma anomalia, assim como o amor.
A falta do amor traz consigo diversos males que atingem a humanidade. O amor que um cara, há uns 2010 anos atrás, tentou mostrar pra gente. Tanta gente fala de religião, de dogmas, de pecados e outras imposições, mas acaba que a verdadeira mensagem deixada pelo cristianismo se perde, que é o amor. Se vc amar o seu próximo como a você mesmo, é óbvio que o bem dele será o seu bem. A mensagem de Jesus Cristo é simples, mas as pessoas gostam de inventar. Enfim, eu quero sentir o amor em tudo que eu fizer. Por mais que ele esteja perdido em meio a tanta maldade, eu continuo procurando por ele. Pois, as sensações que ele me traz são únicas, e o amor me rejuvenesce.

Se amem. Tchau, meus amores.

Falta

Eu já escrevi quatro desabafos, mas nenhum me agradou. Hoje eu não estou inspirada. Peço-lhes desculpa. Assim que eu me sentir realmente pronta eu volto aqui. Beijos, queridos.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sons

Acordei ao som do despertador do meu celular, que tem um toque meio erótico (quem tem o Corby da samsung sabe do que eu to falando), e fui logo abrindo a janela do meu quarto. O som dos grilos, misturado ao som dos carros, junto à voz da minha mãe chamando as minhas irmãs encheram os meus ouvidos e fizeram minha alma despertar também. Entrei no carro, ouvi o motor descongelando depois de uma noite gelada, e logo em seguida, liguei o som e comecei a ouvir as noticias da manhã. Minhas irmãs discutindo sobre quem é o garoto mais bonito da escola não me soou desagradável, mas sim cômico. A adolescência é uma fase confusa, mas é boa. Depois de alguns minutos, minha irmã emite um som agudo, implorando pra que eu mude de rádio e torne o ambiente mais musical. Decidi colocar o cd do coldplay, e logo os animos foram se acalmando. A buzina, o funk no carro do playboy (às 6h45 da manhã), a respiração da minha irmã cochilando, tudo parecia mais sonoro e soava como música aos meus ouvidos. Tem dias que a minha audição está mais aguçada, e eu consigo ouvir até mesmo os pensamentos alheios. A música vai além dos sons. A música se manifesta pelo olhar, pelo toque, pelo silêncio. Por várias vezes, eu precisei de nenhuma palavra para cantar versos lindos a alguém. Em muitas ocasiões, dei gritos sem nem sequer abrir a boca. A música tá dentro de mim, tá dentro de você. A sua música que precisa ser escutada de vez em quando, que acaba sendo sufocada pelos ruídos das preocupações do dia-a-dia.
Chego tão cedo à escola das minhas irmãs, que nem se quer o porteiro havia aberto o portão. Tivemos tempo de tirar um cochilo, e eu pude ouvir a som da preguiça, que pede pra voltar pra casa e continuar durmindo. Mas, logo o barulho do portão se abrindo despertou a música do compromisso que cantava a importância de ir estudar. Fui chamada por ela também, e logo fui para a faculdade. Sons e mais sons. Conversas,risos,desabafos,fofocas,matéria,cola,letras,letras e letras. No silêncio das palavras no papel, eu pude escutar discursos e ideias. Carros, locutor, lady gaga, beyonce, música clássica, coldplay. Enfim, o som mais agradável de todos. O som sereno do meu lar, a voz doce da minha mãe, a música que exala a comida da minha progenitora. E durante todo o meu dia, a música não parou, pois ela nunca vai parar. Nem mesmo depois do fim, pra todos os segundos de nossas vidas, a música não deve, nem vai parar. Porque a música tá dentro de você. Tente ouvi-la.
Beijos, queridos.

sábado, 19 de junho de 2010

keep me alive

Sábado a noite, milhões de páginas pra ler e uma sensação de vazio. Minhas irmãs dormem, meus pais sairam, o silêncio reina. Isso não pe bom, porque eu tenho medo dos meus próprios pensamentos, dos meus próprios sentimentos. Sinto-me como se estivesse sozinha em meio a uma multidão. Sinto falta de alguma coisa que eu não sei o que é. Converso comigo mesma, não dou atenção às janelas que sobem indicando que há pessoas conectadas comigo pelo msn. Eu só quero me ouvir, pra tentar entender o que falta. O que é isso? Eu tenho tudo que é necessário pra sentir-se completo. Eu já fiz minhas duas orações diárias, já disse aos meus pais o quanto eu os amo, já briguei com a minha irmã, e já lhe pedi desculpa. Eu já compreendi o conteúdo que vai cair na prova segunda-feira. Eu já fiz tudo! Mas me falta alguma coisa. E a solidão chama meu nome. Não gosto de me sentir assim, porque eu ressucito sentimentos que devem ser mortais, mas não são. Será que é isso que me falta? Não é possivel. Eu já estou curada, pelo menos é o que eu acho. Não,não,não...Não é isso, não pode ser isso. Ou pode? Não,não pode.
Acho que cansei, um pouco, de procurar o ideal. Cansei de querer 'coisas' que talvez nunca existam. Estou exausta de procurar você. Porque não é você quem vai me trazer essa paz. Disso eu tenho certeza. Mas, às vezes, meu coração não escuta minha mente. Ele simplesmente age por impulso e sente o que ele quer sentir. E eu me encontro nessa situação: Não entendo o que eu sinto. Vocês acham que eu to ficando maluca? Ou eu já sou meio pirada? Vocês já sentiram isso? Que agonia.
Esse sentimento vem, normalmente, duas vezes ao mês. Não sei se é impressão, mas ele vem cada vez mais forte. Cada vez mais, eu me fecho acompanhada pelos meus sentimentos e pensamentos confusos, procurando, idealizando você. Desculpa. Não, eu não estou pedindo desculpas a você. Jamais farei isso. Peço desculpas a mim, que não mereço essa angústia, esse maltrato. Vou conversar com Deus, e durmir. Isso passa. Eu sei. Boa noite.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

o finito

Iniciar um texto a partir de um tema, no mínimo, polêmico, me faz tentar escolher as melhores palavras pra discorrer algumas frases e parágrafos. A gente costuma ouvir a frase clichê: ' Viva cada dia como se fosse o último', mas na maioria das vezes, não a levamos ao pé da letra. Normalmente, nos preocupamos com coisas bobas, fúteis, mesquinhas. Damos um valor exacerbado a objetos de puro valor material, e deixamos de lado momentos simples e pequenos que fariam toda a diferença.
Por exemplo, já fui em locais prestigiados, cercados de luxo e riqueza, que não foram capazes de me fazer feliz como quando eu vou ao cachorro quente da esquina fofocar e rir com as minhas amigas. Lembro-me que a viagem que marcou a minha vida não foi nenhuma grande viagem, mas sim a semana em que eu fui visitar a cidade em que meu pai cresceu, no Tocantins, local no qual eu fui apresentada a mais bela e pura infância que eu já ouvi falar. Enfim, vivemos em busca da riqueza e do luxo, mas se pararmos pra analisar, momentos de felicidade não dependem desses dois fatores. O que se precisa é de boas companias e uma mente aberta.
Enfim, eu fiz toda essa enrolação, que não é exatamente diretamente ligada ao assunto que eu quero abordar, querendo no final falar sobre a morte. Hoje morreu José Saramago, um dos maiores autores da contemporaneidade, português e gênio. Aos 87 anos, o autor deixou obras imortais como a jangada da pedra e intermitências da morte etc. Esse triste acontecimento me fez pensar a respeito do sentido da vida (e da morte). Eu já perdi algumas pessoas próximas e queridas, mas posso confessar? Até hoje, eu não fiz a assimilação dos acontecimentos, e na minha cabeça eu acredito que a qualquer hora elas podem voltar, tocando a campainha pra almoçarem na minha casa, ou até mesmo me ligando pra gente fazer qualquer coisa juntas. É estranho, mas eu não consigo entender a morte, e por isso, talvez, eu tenha essa reação diante dessa situação.
Há menos de um mês, um garoto, amigo de amigos, bastante conhecido e querido, faleceu. Sabe o pior? Eu o vi uns três dias antes dele sofrer um acidente de moto. Quando soube do velório, eu fiquei abolutamente perplexa. Foi meio inacreditável. Parecia uma piada, uma brincadeira, mas não foi. E pior ainda? O cara tinha menos de 24 anos de idade. Isso me fez sentir tão vulnerável e frágil. Como uma pessoa pode estar te cumprimentando num dia, e no outro ela simplesmente vai pra "não sei aonde"? É angustiante. E eu me faço outra pergunta: pra onde essas pessoas foram? pro céu? pro inferno? pro além? pra onde? Um dia eu vou rever essas pessoas? São perguntas que afligem, mas que são inevitáveis. E eu posso confessar? eu tenho medo. Eu tenho muito medo, porque se qualquer um está sujeito ao "desaparecimento", o que será de mim sem minha mãe, meu pai, minhas melhores amigas? CRUZES. Não quero pensar nisso. Não quero! Ou quero?! Não sei. Mas acho melhor eu seguir o famoso ditado que eu citei no começo: ' viva cada dia como se fosse o ultimo', porque eu gosto tanto dessa vida, cheia de dificuldades, injustiças e maldades, mas que é também única, bela e memorável. surtei. bye, babies.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

aparências

Hoje, sentada com as amigas, jogando conversa fora, percebi como as pessoas fazem julgamentos errôneos baseadas na aparência dos outros. Quando a gente vê uma menina muito bonita, temos a impressão imediata de que ela deve ser fútil, chata e metida. Assim como, quando observamos um garoto de óculo, desajeitado e meio largado, concluimos que ele é um nerd, chato e psicopáta. Mas, é muito engraçado quando percebemos, depois de um tempo, que os nossos preconceitos são carregados de conclusões esteriotipadas e erradas. Conheço garotas belissimas, que mais parecem atrizes da novela das oito, e que são uns amores, extremamente humildes e inteligentes. Também conheço nerds catarrentos que valem muito mais que garotos belos e musculosos. Enfim, as aparências são bem traidoras. A partir dessa análise, eu tento não julgar aquilo que eu não conheço. Lógico que sempre há comentários, mas nada concreto, certo ou discriminatório.
No entanto, tem gente que não adota essa postura, e tem o hábito de fazer pré-julgamentos. Costumo brincar com as minhas amigas, dizendo que eu tenho uma habilidade incrível de ter pessoas que não gostam de mim. A maioria delas, faz uma ideia do que eu sou pela minha aparência física e pelas pessoas que eu ando, ou andei um dia. E o que eu escuto é que eu levo "amigas pro mal caminho" (isso por parte dos namorados), ou que eu me acho além do que eu sou. Eu finjo não me importar, mas essas conclusões me deixam pensativa. O que será que eu faço pra que algumas pessoas tirem conclusões desse tipo sobre mim? Tudo bem, eu sei que, às vezes, eu não faço contato visual ou eu dou conselhos que ninguém tem coragem de dar. Mas, se eu não concordo com alguma coisa, eu estou no meu direito de me colocar de maneira contrária. Quem me conhece a fundo, sabe que eu sou uma pessoa calma, que quando eu stresso, você pode ter certeza que vc me encheu muito a paciência. Sabe que eu sou uma pessoa que pensa muito antes de fazer, e que eu sou relativamente quieta ( isso vale pros namorados temerosos). Assim, quem quiser, que tire suas conclusões, mas eu acho tão interessante vc conhecer algo antes de julgá-lo. Isso vale pra mim, pras belas garotas, pros nerds, para os bombados, para os belos, pra todos. Acho que todo mundo tem seu lado bom, suas qualidades, e é extreamente válido considerar esse lado antes de concluir proposições preconceituosas. É isso, gente... Hoje aconteceu muita coisa que me fez pensar, refletir, mas agora o tempo tá corrido. Só vim dar um oi. Beijos, amados.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

cansei

Meia noite em ponto, e estou estudando para a prova de Introdução ao estudo de direito, que decide se eu vou pro segundo semestre, ou não. Tem hora que eu me pergunto se é esse o curso que eu quero, porque eu passo a maior parte das aulas no pier, fofocando e jogando conversa fora, ou assistindo jogo de futebol. Mas, em momentos, como esse, eu percebo quanta afinidade há entre as minhas preferências e o direito. Tem gente que prefere morrer a estudar um monte de filósofos com suas ideias malucas, mas eu juro que eu adoro! Eu começo a viajar junto com os autores, e as ideias começam a discutir, entre si, dentro da minha cabeça. Eu me perco de um jeito que eu não queria mais me achar. Até que.. alguém chama a atenção no MSN. ÓDIO! Outro fator que me faz crer na minha aptidão como jurista é a incrível habilidade de não estudar nunca, ler textos na véspera e conseguir nota nas provas. Espero que essa regra se estenda pra prova de amanhã, estou um pouco insegura, mas vamos nessa. Gente, não tenho inspiração pra hoje... Estou exausta. Espero que vcs tenham um bom dia. Apesar de que, eu acho que eu to 'pagando de maluca', porque ninguém visita essa blog. Tudo bem, um bom dia pra mim,então. Bye.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O motivo

Sempre quis ter um espaço para despejar o turbilhão de pensamentos que hábita a minha cabeça, mas a coragem faltava e a preguiça dominava. Até que, descobri que se eu guardasse mais uma preposição, meu cérebro seria capaz de ter um colapso e eu surtaria de vez. Enfim, esse blog não é motivo de divulgação, não é uma tentativa de chamar a atenção. A finalidade disso aqui é somente a existência de um refúgio, um desabafo, uma conversa assistida. Aceito comentários, aceito críticas, e até mesmo elogios. Mas eu peço uma coisa, uma única coisa: me escuta antes? Vc pode não me entender, vc pode me achar maluca, maníaca, qualquer definição que seja sinônimo de algum distúrbio psicológico, mas acredite: eu estou bem. Apesar de que, tem dias que eu não estou tão bem, alias, tem dias que eu simplesmente queria um bom livro, uma caneca com chá e minha cama...Nada mais. No entanto, a vida nos impõe o cotidiano que nos maltrata e não deixa a liberdade usufruir de nossas vontades. Ahh, tem dias que se dependesse de mim eu estaria tão longe daqui. Essa cidade que me traz as mesmas experiências, as mesmas pessoas, os mesmos assuntos... Não estou reclamando, não acho que aqui seja um lugar ruim, muito pelo contrário, mas não sei se vc já sentiu isso, tem dias que eu queria estar num lugar que talvez nem exista e nunca vai existir. Nunca estamos satisfeitos, e eu sou um caso potencializado. Eu nunca me conformo com o que eu tenho, eu sempre quero mais... Não acho isso ruim, mas isso é perigoso. Tento me controlar. Eu preciso me controlar. Mas se eu não cobrar o melhor de mim, eu acabarei sendo medíocre, e eu acho isso muito mais perigoso que a excessiva cobrança. Enfim, já estou prolongando essa postagem ao primeiro desabafo. Acho melhor deixar isso pra depois. Por enquanto, quero apenas me apresentar a vocês. Sintam-se bem-vindos, estejam a vontade, mas não se esqueçam de me ouvir antes. Eu tb estou disposta a ouvir... É isso. Vou durmir,está tarde. beijos, folks.